A cada seis minutos, uma mulher morre no Brasil vítima de doença cardiovascular

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Pesquisador e médico Valério Vasconcelos orienta as mulheres sobre preve

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) lançou um manifesto de alerta ao risco de morte ocasionada por problemas cardiovasculares na população do sexo feminino. No documento, a SBC propõe reduzir a mortalidade feminina decorrente de doenças cardiológicas em 30% até 2030. O tema é sério e exige atenção de toda a sociedade, afinal a cada seis minutos uma mulher morre no Brasil vítima de doença cardiovascular.

Segundo o médico e pesquisador Valério Vasconcelos, existem fatores específicos do sexo feminino, como a menopausa e as doenças relacionadas à gestação, que predispõem às mulheres a problemas cardiovasculares. “Além disso, um fator adicional diz respeito à Síndrome do Burnout, que teve maior incidência nas mulheres do que nos homens durante a pandemia. As mulheres se sentem mais sobrecarregadas com a jornada dupla de trabalho, o que contribui para as altas taxas de Burnout nessa população”, explica.

O cardiologista acrescenta que diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, excesso de sobrepeso e maior taxa de hipertensão nas mulheres, especialmente nas mulheres negras e mais vulneráveis socialmente, contribuem para o aumento de ocorrências. Em relação aos fatores de risco que levam a população feminina a sofrer infarto e derrame, Valério Vasconcelos lembra que, nesse caso, não há distinção entre os sexos, sendo os mesmos para homens e mulheres, como hipertensão arterial (pressão alta), diabetes, obesidade, estresse, tabagismo, altos níveis de gordura no sangue e sedentarismo.

O médico e pesquisador Valério Vasconcelos explicou ainda que algumas doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, mais comuns entre a população feminina, também são fatores de risco. “Essas doenças são inflamatórias e favorecem a aterosclerose, principal causa de deposição de gordura nas artérias”, ressalta o especialista.

Menopausa impactaEnquanto as mulheres estão em idade fértil, o estrogênio, principal hormônio sexual feminino, tem um efeito protetor no coração. “Mas com sua queda após a menopausa, o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares acaba se tornando maior do que nos homens”, alerta Valério Vasconcelos.

“Isso ocorre porque a queda desse hormônio provoca uma distribuição diferente no metabolismo dos lipídios, dos açúcares, das gorduras, que acabam se depositando em lugares diferentes do organismo. Nessa fase, as mulheres ficam com uma resistência maior à insulina, têm maior rigidez arterial, o que eleva o risco de hipertensão arterial , diabetes, colesterol e outras doenças que são fatores de riscos clássicos para as doenças cardiovasculares”, afirma o cardiologista e pesquisador.

De acordo com Valério Vasconcelos, mulheres podem ter sintomas diferentes quando acontece um infarto. Enquanto os homens têm uma dor mais típica, um aperto no peito que corre para o lado esquerdo, nas mulheres nem sempre isso acontece. “Muitas vezes, elas têm uma dor na barriga (simulando uma indisposição gástrica), falta de ar, náuseas. Muitas ignoram os sintomas. Isso provoca uma demora no diagnóstico, o que dificulta as possibilidades de tratamento”, declara.

Dicas para prevenir doenças cardiovasculares nas mulheres:

1) Não fumar;

2) Diagnosticar e controlar o diabetes, a hipertensão e o colesterol;

3- Reduzir o peso;

4- Praticar atividade física;

5- Diminuir o consumo de açúcar, gorduras saturadas e sal;

6- Fazer avaliação cardiológica periodicamente;

7- Adotar práticas como meditação e ioga;

8 – Redobrar a atenção depois da menopausa.

(Assessoria de imprensa)

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